Início Comunicados Documentos Multimédia Ligaçons

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Intervençom de Xavier Moreda, coordenador geral da AGARB, no Dia Nacional da Venezuela



Amigos, amigas, camaradas, compatriotas:



Hoje estamos celebrando o duzentos aniversário da assinatura da Ata da Declaraçom da Independência da Venezuela frente a Espanha, no dia 5 de Julho de 1811.


Queremos assinalar com este ato a importância desta efeméride na luita pola independência dos povos da América Latina e as Caraíbas, e manifestar também o apoio da AGARB ao rol anti-imperialista que hoje cumpre o processo em curso na República Bolivariana da Venezuela.



Porém, o bicentenário é interpretado entre nós, e propriamente na Nossa América, como o inicio dum projeto revolucionário nom só inacabado, diríamos que ainda só estamos nos alvores do início da definitiva independência quando os EUA, -dos que Simom Bolívar, o Libertador dizia: “parecem destinados pola providência para pragar América de miséria em nome da liberdade”, iniciam agora o seu irremediável declínio.



Estas grandes celebraçons: bicentenário das independências, som também as nossas celebraçons e vam ou cumpre que vaiam além todo o que pudesse ser o meramente oficial, longe dos ribombantes ou dos pomposos fastos, devemos por solidariedade internacionalista, fomentar o que há de ser o autêntico sentimento bicentenário que ajude a criar umha valiosa Memória coletiva internacionalista.



Para nós Presidente você fai parte dos e das gloriosas combatentes como Manuelita Sáez, José Martí, Farabundo Martí, Augusto César Sandino, José Gomes Gaioso, Carlos Fonseca, Francisco Camanho, comandante Soutomaior, Henriqueta Outeiro, Tánia, Henrique Líster, Haideé Santamaria, Vilma Espín, Gladys Marín, Manuel Marulanda, Mono Jojoy, Fidel Castro e tantas outras mulheres e homens que luitarom pola liberdade e a emancipaçom dos povos.



Vontades emancipatórias exemplares que desmascaram a todos os comissários do esquecimento, aos aniquiladores e aos que falseiam, aos que sob a estratégia das oligarquias e sobre todo dos EUA capturam, sequestram as imagens dos e das revolucionárias desconhecidas e desconhecidos muitas vezes como fijeram com o Che, mesmo para incorporá-lo a umha esterilizada ideia romántico-comercial.



Nós devemos luitar contra a apropriaçom do Che que tenta apagar a sua intrínseca e simbólica pertença revolucionária a Cuba e a sua liderança revolucionária e a todos os movimentos de libertaçom continentais e bolivarianos. Ao internacionalismo.



Nós, desde a Galiza rebelde e combativa, longe dos pretendidos e pretensiosos sentidos-comuns, achamos vital a diversidade, imprescindivel vacina contra a ideia a qualquer custo da unidade fetiche, da unidade como suposto “bem maior”. Devemos e precisamos, por lealdade revolucionária, ser críticas, ser críticos com os atos contraditórios que nos enchem de perplexidade.



Temos intuiçom, temos olfato revolucionário, incluso ainda que em aparência podemos nom entender por ignorância supostas razons de Estado, que desconhecemos polo miúdo, do que chamamos eufemisticamente alta política, nom podemos respaldar certas medidas recentes adoptadas polo governo bolivariano.



Desde a fraternidade que nos une aos que fôrom entregues ao Estado criminoso colombiano, ao regime narco-para-terrorista presidido por Juan Manuel Santos, nom concordamos e condenamos a colaboraçon com o estado criminoso da Colômbia. Com modéstia revolucionária, mas com a fortaleza moral de sermos umha entidade solidária com a Revoluçom Bolivarina da Venezuela que desde a nossa trincheira chamada Galiza sempre defendimos o processo em curso, solicitamos umha correçom nestas erróneas políticas conciliadoras. Venezuela nom deve entregar a Colômbia a insurgentes nem a pessoas solidárias com a luita do povo colombiano.


Aprezado companheiro comandante-presidente Hugo Chávez Frías, Revoluçom nom entrega a revolucionários!


Liberte ao cantor da liberdade e a justiça social, nom entregue a Julián Conrado.



Hoje os nossos sentimentos com o comandante, finalmente de volta à República Bolivariana da Venezuela, som de apoio fraternal na sua luita, que também á sentimos como nossa, pola plena recuperaçom. As divergências ou as opinions encontradas nom devem nem podem apagar a história vitoriosa do comandante Chávez e os seus valores revolucionários de quem orgulhamo-nos, defendemos e defenderemos.


O processo revolucionário bolivariano deve aprofundar na via socialista, apoiando-se no povo organizado, adoptando as decisons adequadas para avançar no desmantalemento do estado burguês.



Hoje 5 de Julho de 2011, duzentos aniversário da assinatura da Ata da Declaraçom da Independência da Venezuela, como sempre, sabemos que nom chega com a indignaçom. Situamo-nos, mais do que nunca, com os revolucionários e contra a absurda ideia de mudar o mundo sem tomar o poder. Contra essa mesma oligarquía que tenta sequestrar para manipular, ridiculizar, simplificar a imagem distorcida de Hugo Chávez Frias, a mesma que até quase 1998 convertera a Venezuela numha espécie de franquia do imperialismo, a mesma que procurou o terror e a desestabilizaçom da República Bolivariana da Venezuela, a mesma que estava a pensar na fenda aberta em ausência do presidente Chávez com o recrudescimento oportunista da investida da oligarquia que empreendeu umha campanha, mais umha vez, para acabar com o Presidente e o processo revolucionário em curso na República Bolivariana de Venezuela.



Pa´lante Comandante! Parabéns Comandante. Somos muitos e muitas que estamos com você desde a diversidade crítica e revolucionária.



Galiza com a Venezuela!


Pátria, Socialismo ou morte!


Até a vitória sempre!