Numha conferência de imprensa foi
apresentado um manifesto de apoio ao candidato bolivariano e socialista nas
eleiçons presidenciais venezuelanas do vindouro domingo 14 de abril.
A iniciativa promovida pola Associaçom Galega de Amizade com a Revoluçom Bolivariana (AGARB) conta com o respaldo de 12 organizaçons políticas, sindicais e sociais.
No ámbito político o manifesto Galiza com a Venezuela bolivariana. A vitória de Nicolás Maduro garante a
sua continuidade foi suscrito por Anova, BNG, MpB, NÓS-UP, PCPG e
Primeira Linha; polas organizaçons sindicais CIG e COG, assim como polas
organizaçons juvenis BRIGA e Isca!, além da organizaçom estudantil AGIR e o Capítulo
Galiza do Movimento Continental Bolivariano (MCB).
Na conferência de
imprensa realizada hoje na Galeria Sargadelos de Vigo o coordenador
geral da AGARB, Xavier Moreda -acompanhado por dirigentes de Anova, BRIGA,
Isca!, NÓS-UP e Primeira Linha-, avaliou as grandes transformaçons sociais,
económicas, políticas e culturais na Venezuela promovidas pola Revoluçom
Bolivariana. Avanços que nom só lográrom reduzir a pobreza e as desigualdades
sociais, atingírom enormes conquistas nos ámbitos da educaçom, saúde, vivenda,
desporto e serviços sociais.
Xavier Moreda incidiu que isto só
foi possível pola política de clara orientaçom patriótica e socialista que
conseguiu em pouco mais de umha década a recuperaçom da soberania nacional da
Venezuela frente a etapa da IV República quando o país semelhava ser umha simples
neocolónia norteamericana.
Xavier Moreda manifestou ser imprescindível a
continuaçom do processo revolucionário bolivariano e socialista na Venezuela,
pois é a única forma de “garantir as conquistas atingidas” e seguir construindo
de forma tangível umha alternativa ao caos neoliberal promovido polo
capitalismo, apelando “a comunidade galega que vive na Venezuela, assim como a
comunidade venezuelana que reside na Galiza, apoiar a candidatura de Nicolás
Maduro”.
A vitória de Nicolás Maduro
garante a sua continuidade
A irmá naçom venezuelana tem assistido desde 1999 a umha profunda
transformaçom social, económica, política e cultural, da mao do processo
revolucionário bolivariano liderado polo comandante Hugo Chávez.
Nestes 14 anos de Revoluçom Bolivariana, as condiçons de vida para as
imensas maiorias socias excluídas durante o corrupto sistema da IV República,
tenhem atingido enormes avanços e conquistas em todas as ordens. A Venezuela
recuperou a sua plena soberania e independência nacional, convertendo-se num
exemplo para os povos oprimidos do mundo.
O analfabetismo foi erradicado, a taxa de escolarizaçom é mui elevada, o
número de estudantes universitários passou de 895.000 em 2000, para 2,3 milhons
em 2011, com a criaçom de novas universidades.
Foi criado o Sistema Nacional Público de Saúde para garantir o acesso
gratuito o conjunto da populaçom. O número de médicos incrementou-se 400%,
passando de 20 por 100.000 habitantes, em 1999, para 80 por 100.000, em
2010.
A taxa de mortalidade infantil reduziu-se 49%, passando de 19,1 por mil, em
1999, para 10 por mil, em 2012.
Graças à “Operaçom Milagre”, 1,5 milhoms de venezuelanos/as, vítimas de
catarata ou outras doenças oftalmológicas, recobrárom a visom.
Desde 1999 até 2011, a taxa de pobreza passou de 42,8% para 26,5%, e a taxa
de extrema pobreza de 16,6%, em 1999, para 7%, em 2011.
Na classificaçom do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), do Programa das
Naçons Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Venezuela passou do 83° lugar,
no ano 2000 (0,656), para o 73°, em 2011 (0,735), entrando na categoria das
naçons com o IDH elevado.
A Venezuela conta com o coeficiente GINI -que permite calcular a
desigualdade num país-, mais baixo da América Latina. É o país da regiom onde
existe menos desigualdade.
Durante a presidência de Chávez, os gastos sociais aumentarom em 60,6%.
Antes de 1999, somente 387.000 idosos recebiam umha pensom. Agora, som 2,1
milhons.
Desde 1999, fôrom construídas 700.00 vivendas na Venezuela.
Desde 1999, o governo entregou mais de um milhom de hectares de terras aos
povos aborígenes do país e a reforma agrária permitiu a dezenas de milhares de
camponeses serem donos das suas terras.
Em 1999, a Venezuela produzia 51% dos alimentos que consumia. Em 2012, a
produçom foi de 71%, enquanto o consumo de alimentos aumentou em 81% desde
1999. Se o consumo em 2012 fosse similar ao de 1999, a Venezuela produziria
140% dos alimentos consumidos a nível nacional.
Desde 1999, a taxa de calorias que consomem os venezuelanos/as aumentou
50%. O consumo de carne aumentou 75% desde 1999.
Cinco milhons de crianças recebem agora alimentaçom gratuita através do
Programa de Alimentaçom Escolar. Eram 250.000 em 1999.
A taxa de desnutriçom passou de 21%, em 1998, para menos de 3%, em 2012.
Segundo a FAO, a Venezuela é o país da América Latina e das Caraíbas mais
avançado na erradicaçom da fame.
A nacionalizaçom da empresa petroleira PDVSA, em 2003, permitiu à Venezuela
recuperar a sua soberania energética.
Desde 1999, fôrom criadas mais de 50.000 cooperativas em todos os setores
da economia.
A taxa de desemprego passou de 15,2%, em 1998, para 6,4%, em 2012, com a
criaçom de mais de 4 milhons de empregos.
O salário mínimo passou de 100 bolívares (16 dólares), em 1998, para 247,52
bolívares (330 dólares), em 2012. Ou seja, um aumento de mais de 2.000%.
Trata-se do salário mínimo mais elevado da América Latina.
O horário laboral foi reduzido para 6 horas diárias e para 36 horas
semanais sem a diminuiçom do salário.
A dívida pública passou de 45% do PIB, em 1998, para 20%, em 2011. A
Venezuela retirou-se do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial,
reembolsando antecipadamente todas as suas dívidas.
Em 2012, a taxa de crescimento da Venezuela foi de 5,5%, umha das mais
elevadas do mundo.
O PIB por habitante passou de 4.100 dólares, em 1999, para 10.810 dólares,
em 2011.
A criaçom da Petrocaribe, em 2005, permitiu a 18 países da América Latina e
do Caribe, ou seja, 90 milhons de pessoas, adquirir petróleo subsidiado em 40%
ou 60%, e assegurar o seu abastecimento energético.
A Venezuela também promove ajuda às comunidades desfavorecidas dos Estados
Unidos, fornecendo combustível com tarifas subsidiadas.
A criaçom da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA), em
2004, entre Cuba e Venezuela, assentou as bases dunha aliança integradora,
baseada na cooperaçom e na reciprocidade, que agrupa 8 países membros com o
objetivo de luitar contra a pobreza e a exclusom social.
Hugo Chávez está na origem da criaçom da Comunidade dos Estados
Latino-americanos e Caribenhos (CELAC), que, pola primeira vez, uniu as 33
naçons da regiom, que se emanciparom da tutela dos Estados Unidos e do Canadá.
As organizaçons e forças
galegas abaixo assinantes consideramos imprescindível a continuaçom do processo
revolucionário bolivariano e socialista na Venezuela para garantir e aprofundar
assim nestas conquistas sociais, económicas, políticas e culturais, e a
permanência da soberania e da independência nacional da Venezuela frente ao
imperialismo.
O êxito da candidatura de
Nicolás Maduro, promovida polo conjunto das forças políticas e sociais do
movimento popular venezuelano articuladas no GPP (Grande Pólo Patriótico), é a
única garantia de evitar o retrocesso e a involuçom neoliberal e neocolonial
das forças reacionárias.
Por este motivo, apelamos a
comunidade galega que vive na Venezuela, assim como a comunidade venezuelana
que reside na Galiza, para apoiar a candidatura de Nicolás Maduro nas eleiçons
presidenciais de 14 de abril.
Galiza, 9 de abril de 2013
Organizaçons assinantes:
-Associaçom Galega de Amizade com a Revoluçom Bolivariana (AGARB)
-AGIR, organizaçom do estudantado da esquerda independentista
-Anova Irmandade Nacionalista
-Bloque Nacionalista Galego (BNG)
-BRIGA, organizaçom juvenil da esquerda independentista
-Causa Galiza
-Causa Galiza
-Central Obreira Galega (COG)
-Confederación Intersindical Galega (CIG)
-ISCA!
-Liga Estudantil Galega
-Liga Estudantil Galega
-Movimento Continental Bolivariano (MCB) Capítulo Galiza
-Movemento pola Base (MpB)
-NÓS-Unidade Popular (NÓS-UP)
-Partido Comunista do Povo Galego (PCPG)
-Primeira Linha