A Revoluçom Bolivariana da Venezuela tem
sido e é um referente para todos os povos do mundo que luitam contra toda forma
de opressom e dominaçom.
A Venezuela, sob a liderança de Hugo
Chávez, demonstrou que sim é possível, hoje e aqui, construir umha alternativa
ao modelo neoliberal, que sim é factível com vontade política e apoio do povo
auto-organizado, edificar umha sociedade alicerçada na justiça e liberdade
numha pátria soberana.
A Revoluçom Bolivariana da Venezuela
é um exemplo para povos como o galego, empobrecidos pola carência de soberania
e condenados ao atraso pola opressom nacional a que nos submete o mesmo projeto
imperialista que há 202 anos Simón Bolívar conseguiu derrotar.
A Galiza tem umha dívida histórica
com o povo venezuelano. Durante décadas, acolheu dezenas de milhares de compatriotas
que, mediante o êxodo imposto da emigraçom, escapavam da fame e da miséria a
que o capitalismo espanhol nos condena; a Venezuela também foi um generoso
lugar de acolhimento para milhares de exilad@s galeg@s que procuravam refúgio
da perseguiçom franquista; a Venezuela foi retaguarda de organizaçons políticas
ao serviço da libertaçom da Galiza.
Hoje, a naçom de Bolívar, após o
prematuro falecimento do comandante Hugo Chávez no mês de março, está submetida
a umha intensa agressom imperialista que procura desestabilizar e destruir os
14 anos de Revoluçom Bolivariana.
Apoiando-se na oligarquia local, o
imperialismo nega-se a reconhecer a vitória eleitoral do presidente Nicolás
Maduro nas presidenciais de 14 de abril.
Após o fracasso do golpe de estado
promovido polos Estados Unidos e pola oposiçom de extrema-direita representada
polo candidato perdedor, que provocou umha dúzia de mortes e a destruiçom de
sedes das organizaçons revolucionárias e centros de saúde, o País está
submetido ao endurecimento da guerra assimétrica de quinta geraçom.
Mediante a manipulaçom informativa, o
desabastecimento e açambarcamento de produtos básicos, a sabotagem económica e
energética, as forças reacionárias da burguesia visam gerar sensaçom subjetiva
de caos e malestar social para assim impossibilitarem o desenvolvimento e a
orientaçom socialista do processo.
Estám em jogo as profundas
transformaçons sociais, económicas, políticas e culturais mediante as quais a
Revoluçom Bolivariana conquistou enormes avanços nas condiçons de vida e
liberdades das maiorias sociais venezuelanas.
A Revoluçom Bolivariana acha-se numha
complexa encruzilhada. As lacras, os erros e os desvios devem ser corrigidos.
Mas estes enormes desafios aos quais se tem que confrontar só poderám ser
superados com mais Revoluçom, com mais soberania e mais socialismo, seguindo o
legado de Hugo Chávez.
As organizaçons, forças políticas e
sindicais galegas abaixo assinadas manifestamos o nosso apoio à Revoluçom
Bolivariana, ao legítimo presidente Nicolás Maduro, única garantia para manter
as enormes conquistas, a soberania e independência nacional da Venezuela frente
ao imperialismo, evitando qualquer retrocesso e involuçom neoliberal das forças
reacionárias que pretendem impor o neocolonialismo na Pátria de Bolívar e
Chávez.